Boi Neon

Boi Neon teve sua estreia mundial no Festival de Veneza, em setembro de 2015, onde recebeu o prêmio especial do júri na Mostra Horizontes. Logo em seguida, participou da primeira competição oficial do Festival de Toronto, em que ganhou uma menção honrosa e foi o único filme que garantiu distribuição nos EUA e Canadá. Até agora, o filme já foi exibido em mais que 30 festivais, acumulou 14 prêmios – incluindo 4 de melhor filme – e será distribuído em 15 países. No dia 14 de janeiro, chega aos cinemas do Brasil.

Protagonizado por Juliano Cazarré, que interpreta o vaqueiro Iremar, o filme acompanha os bastidores das Vaquejadas no interior do nordeste. Iremar é um vaqueiro que prepara e limpa o rabo dos bois durante o dia, mas à noite sonha com figurinos de lantejoulas e costura roupas para a Galega (Maeve Jinkings), sua colega das vaquejadas, caminhoneira, dançarina e mãe de Cacá (a revelação Alyne Santana).

O filme contribui para quebrar com o estereótipo de um Brasil rural idealizado, primitivo, a imagem pronta para consumo e, dessa forma, renova o entendimento e conhecimento de uma realidade que está em mutação econômica, social e cultural. No processo de atualizar o imaginário político e simbólico acerca da contemporização das relações humanas no nordeste, o filme dilata as noções de gênero, ressignifica os desejos e sonhos humanos e levanta questões acerca da convivência entre sociedade e espaço.

O elenco também conta com Vinicius de Oliveira (Central do Brasil e Linha de Passe) e com o vaqueiro Carlos Pessoa, outra boa surpresa entre os atores. Para preparar o grupo, formado por atores profissionais e não profissionais, Gabriel Mascaro contou com a colaboração da preparadora Fátima Toledo (Cidade de Deus, Tropa de Elite).

Leia matéria sobre o filme publicada na Revista de CINEMA 127.

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