Janela Internacional promove encontro com a cineasta argentina Lucrecia Martel

A nona edição do Janela Internacional de Cinema do Recife terá um programa especial em sua etapa educativa: a vinda da diretora argentina Lucrecia Martel, que irá participar de um encontro com o público, no dia 1º de novembro, às 17h, no Cinema do Museu (Casa Forte). O festival será realizado de 28 deste mês até 6 de novembro.

Referência na produção audiovisual da América Latina, com três filmes – O Pântano (2001), A Menina Santa (2004) e A Mulher sem Cabeça (2008), Lucrecia foi, inicialmente, enquadrada no chamado “novo cinema argentino” dos anos 2000, acumulando renome internacional, além de participações e prêmios em diversos festivais, incluindo Cannes e Sundance.

A atividade “Uma Conversa com Lucrecia Martel” será mediada pelo cineasta Kleber Mendonça Filho, idealizador e curador do Janela. No encontro, será revisitada a filmografia da diretora a partir da exibição de trechos de filmes.

Interessados em participar da conversa devem se inscrever até o dia 31 de outubro, enviando um e-mail para oficinas.janela@gmail.com, com nome completo, ocupação profissional e RG. No assunto do e-mail, deve também colocar “Encontro Lucrecia Martel”. Mais informações: www.janeladecinema.com.br.

Nascida na cidade de Salta, na Argentina, em 14 de dezembro de 1966, Lucrecia cresceu em uma família de classe média. Teve formação católica até os 16 anos, época em que resolveu afastar-se da igreja e seguir sua própria religiosidade. Ainda na infância, seu pai decidiu comprar uma câmera de vídeo para registrar imagens da família. Martel passou a filmar a movimentação dos familiares dentro da própria casa.

Ao se mudar para Buenos Aires, fez inscrição no curso de comunicação social. Depois, cursou animação na Escola de Cine de Avellaneda. Dos 22 aos 28 anos, dirigiu quatro curtas-metragens: El 56Piso 24Besos Rojos e Rey Muerto. Este último, fez parte do ciclo “Histórias Breves”, reunião de vídeos de estudantes que deu notoriedade à diretora.

Em 2001, finalizou seu primeiro longa-metragem, O Pântano (La Ciénaga), com o qual participou da seleção oficial do Festival de Berlim (Berlinale). Já como uma diretora consagrada, em 2004, concorreu à Mostra Oficial do Festival de Cannes com seu segundo longa-metragem, A Menina Santa (La Niña Santa). Feito repetido com o longa A Mulher sem Cabeça (La Mujer sin Cabeza), que também passou pela Croisette.

Em 2008, mesmo ano em que lançou A Mulher Sem Cabeça, Martel foi uma das convidadas principais da Festa Literária internacional de Paraty (Flip). Ano passado, além de ser uma das homenageadas do 9º festival CineBH, lançou o filme Zama, um épico produzido em parceria com a Bananeira Filmes (Brasil) e coproduzido por várias produtoras de países distintos, como a El Deseo (Espanha), de Pedro Almodóvar.

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