Festivais em tempo de crise econômica

Se Paulínia, município que produziu seis edições de seu Festival de Cinema, ao longo de dez anos, realizar sua sétima edição este ano, ela virá somar-se aos três festivais que, anualmente, disputam filmes brasileiros 100% inéditos para suas competições.

O badalado festival do interior paulista saiu das telas do grandioso e “helênico” Theatro Municipal por desavenças e picuinhas políticas. Mas, agora, o grupo político que o fundou está de volta ao poder municipal.

A Revista de CINEMA conversou com os responsáveis por alguns dos mais longevos (ou conhecidos) festivais de cinema do país. Na pauta, como não poderia deixar de ser, a crise econômica, que vem enxugando o número de festivais. E, principalmente, seus orçamentos. O país já teve calendário com mais de 200 mostras e festivais, que iam do cinema de maior visibilidade a filmes bem alternativos, passando por produções dedicadas ao montanhismo e à comédia engraçada (pois existe comédia sem graça). A maioria dos festivais sobreviventes está apertando os cintos, pois os patrocinadores andam ariscos.

A Revista de CINEMA levantou, também, as produções cinematográficas que devem ser as mais disputadas por nossos quatro maiores festivais de cinema brasileiro (Brasília, que chega à sua edição número 50; Gramado, que fará sua edição 45, e Rio de Janeiro, que, embora tenha alcance internacional, reserva espaço nobre a duas competições nacionais, uma ficcional e outra de documentários. E Paulínia, se renascer).

Gramado Ano 45

O jornalista e crítico de cinema Rubens Ewald Filho tem (ou terá) responsabilidade na programação de dois dos principais festivais brasileiros: o de Gramado, pois integra a trinca curadora (junto com a argentina Eva Piwowarski, e com o gaúcho Marcos Santário), e o de Paulínia, do qual foi fundador. Ewald tornou-se, inclusive, o titular da Secretaria de Cultura de Paulínia, rico (graças a grande refinaria de petróleo) município situado a 125 km de São Paulo.

A Revista de CINEMA procurou o secretário municipal, empossado mês passado, mas ele não quis adiantar nada sobre o Festival de Paulínia, nem confirmar se sua sétima edição acontecerá ainda este ano. Contou que está muito ocupado com seus afazeres como gestor cultural e, também, com a premiação do Oscar, prêmio que a Academia de Hollywood entrega neste domingo, 26 de fevereiro. Ewald, mais uma vez, fará comentários durante a transmissão da grande festa, ao lado de Domingas Person, no canal a cabo TNT.

Sobre a quadragésima-quinta edição do Festival de Gramado, Ewald garantiu que os três curadores estão trabalhando em fina sintonia com o comando do festival (a Prefeitura do município gaúcho) e deu a entender que a crise econômica não vai ofuscar o brilho de Gramado 45.

“Vamos realizar” – promete – “um belo festival comemorativo”. E registra que a colega Eva foi ao Festival de Havana atrás de bons filmes latino-americanos e que Marcos Santuário faz o mesmo em festivais como Punta del Leste. E que os três já estão, há várias semanas, em busca de bons filmes brasileiros.

Brasília Ano 50

Quem também já está a pleno vapor é o Festival de Brasília, o mais antigo do país (criado em 1965, por Paulo Emilio Salles Gomes e equipe). Afinal, este ano, realizará, em setembro, sua edição de número 50.

O secretário de Cultura do DF, o ator e diretor teatral Guilherme Reis, já anunciou as principais novidades deste ano festivo. A direção artística continua a cargo do cineasta Eduardo Valente, e a produtora Sara Rocha, neta de Glauber Rocha, assume a direção de produção (no lugar da dupla Sérgio Fidalgo e Graça Coutinho).

O festival, que durava oito dias, vai ganhar mais dois e selecionará nove longas (ficcionais e documentais, sem separá-los por gênero). Duas mostras paralelas festejarão as 50 edições do festival candango: “50 Anos em 5 Dias” e “Futuro Brasil”. A primeira integrará o núcleo histórico do evento e, citando o plano de metas de JK (50 Anos em 5), resumirá sua rica trajetória como o mais politizado dos festivais brasileiros. Já “Futuro Brasil” pretende tornar-se vitrine de filmes em fase de finalização.

Guilherme Reis, que preside o festival, garante que “a parceria com o Canal Brasil vai crescer muito” e que está disposto a rever valores e formas de distribuição dos prêmios em dinheiro, que, nas duas últimas décadas, foram os maiores do país (só perdendo para Paulínia, que inflacionou o mercado festivaleiro). Sobre o valor dos prêmios em dinheiro, veja, abaixo, o que Guilherme Reis tem a dizer.

Cine Ceará ibérico

O cineasta Wolney Oliveira, diretor do festival de cinema ibero-americano de Fortaleza, admite que a crise econômica tem dificultado a vida dos produtores culturais. Por isto, até mudou a data do evento de junho, a mais recorrente, para agosto, em busca de tempo de melhor equacionar a parte financeira.

“Está muito difícil viabilizar patrocínio para os festivais” – lamenta – “mesmo em se tratando de evento como o Cine Ceará, que completa 27 anos neste 2017. Por estratégia de captação, saímos de junho para agosto (5 a 11). Assim procedendo, ganhamos mais dois meses para viabilizar o orçamento e fugimos do período junino em Fortaleza que é dominada por nossas famosas festas de São João”.

Wolney, porém, faz questão de destacar a vital parceria com o Executivo estadual. “Para nossa sorte, o Governo do Estado, um de nossos principais patrocinadores, tem dado atenção especial à Cultura. O Ceará é um dos poucos Estados saneados financeiramente e o governador Camilo Santana se comprometeu a investir 1,5% do orçamento na área cultural até 2018”.

E arremata: “Acredito que todos os eventos culturais revisaram seus orçamentos. No nosso caso, estamos suando para tentar garantir a mesma captação de 2016. Alguns festivais do Ceará não aconteceram em 2016 e outros sofreram para serem realizados. Estamos torcendo que a Mariana Ribas, nova titular da SAv-MinC, realize política voltada para revigorar e garantir a continuidade dos eventos audiovisuais no nosso país. E seria muito bom se a Petrobras voltasse a patrocinar os festivais em 2017 através de edital”.

Olhar de Cinema (Curitiba)

O cineasta Aly Muritiba é um dos coordenadores do Olhar de Cinema – Festival Internacional de Curitiba. Ele diz que, “sim, a crise econômica chegou aos eventos culturais e artísticos”. Afinal, “quando se fala em crise econômica, são justamente estas áreas as primeiras a sofrer cortes”.

A equipe do festival, agendado para junho, está batalhando recursos. O diretor do vigoroso “Para minha Amada Morta” lembra que “eventos culturais, como é o caso dos festivais de cinema no Brasil, são em maioria gratuitos ou cobram preços bastante acessíveis”. Portanto, “não são financiados pelos ingressos vendidos”. Como “são realizados graças ao sistema de renúncia fiscal, os produtores culturais dependem do faturamento das empresas patrocinadoras. Quando cai o faturamento destas empresas, cai a possibilidade de patrocínio”.

No caso específico do Olhar de Cinema, o produtor conta: “estamos trabalhando com orçamento que, se captado, ainda assim será 70% do ideal para a realização de um evento internacional”. Mas “a ênfase aqui recai justamente no condicionante ‘se’, pois não há, ainda, qualquer garantia de que conseguiremos os recursos necessários para a realização do Olhar de Cinema, que em apenas cinco edições tornou-se um dos mais importantes festivais internacionais de cinema da América Latina”.

Cine PE (Recife)

O festival de cinema de Pernambuco, que este ano chega à sua vigésima-primeira edição, começou a enfrentar a crise econômica há dois anos. Abandonou sua condição de “Maracanã dos festivais”, garantida pela maior sala de exibição do país (o Centro de Convenções Guararapes, com capacidade para 2.500 pessoas), situada entre Recife e Olinda. Nos dois últimos anos, voltou ao Cine São Luiz (cerca de mil assentos).

Sandra Bertini, diretora do festival, anuncia que a edição deste ano acontecerá de 2 a 8 de maio, mais uma vez no Cine São Luiz, e que “inscreveram-se 74 longas-metragens e 397 curtas para as três competições (longas brasileiros, curtas brasileiros, curtas pernambucanos). A seleção será feita, como em Gramado, por trinca curatorial (os nomes da curadoria não foram divulgados).

Sandra diz que “mais uma vez a região com mais filmes inscritos é a Sudeste, com 59%, seguida das regiões Nordeste (20%) e Sul (12%). São Paulo foi o Estado de maior presença, com 142 filmes, seguido pelo Rio, com 105 produções”. No Nordeste – enumera – “destacamos o Estado de Pernambuco com 51 produções (cinco longas e 46 curtas) inscritas, sendo, portanto, o líder das inscrições na região (54%).

No processo de seleção, a curadoria vai “reforçar sua busca por um cinema plural, com produções que buscam identificação direta com o espectador, mas sem abrir mão dos filmes autorais”.

O Troféu Calunga – que não se faz acompanhar por prêmios em dinheiro (mesmo procedimento adotado por Gramado, que se restringe ao Troféu Kikito) – será oferecido aos vencedores das mostra de curtas pernambucanos no mesmo número atribuído à competição nacional. Sandra Bertini explica o aumento dos prêmios para a produção do Estado: “no momento atual, os filmes pernambucanos apresentam enorme qualidade técnica e artística”. Daí que “expandir a premiação para um maior número de troféus reconhece o trabalho dos realizadores locais”.

 

FESTIVAL DE BRASILIA – ANO 50

A Revista de CINEMA fez duas perguntas ao secretário de Cultura do Distrito Federal, Guilherme Reis, que preside o Festival de Brasília do Cinema Brasileiro:

Este momento, em que nos deparamos com grandes cortes em orçamentos públicos e empresariais, pode obscurecer a edição número 50 do mais antigo festival do país?

Reis: Entendo que o Festival de Brasília é um patrimônio cultural não só de Brasília, mas do Brasil, do cinema brasileiro. A crise financeira pela qual o país atravessa nos leva, como Secretaria de Estado, a realizar cortes. Porém, também nos leva a buscar novos modelos e avançar para políticas estruturantes que garantam sustentabilidade de eventos, como o próprio festival. O processo de selecionarmos, via chamamento público, uma organização da sociedade civil para ser parceira pelos próximos dois anos é um desses avanços estruturantes. Teremos mais transparência na gestão pública, mais planejamento e, portanto, uma inteligência maior na administração dos recursos e na produção do festival, uma vez que visa a prospecção de recursos privados e amplia as possibilidades de composição de orçamento. Nossa perspectiva é de que a estimativa dessa captação de recursos seja superada. Para este ano, teremos um aporte um pouco maior, devido à ampliação da programação e porque acredito que precisamos comemorar esta longevidade. São 50 edições. Estamos falando de um marco histórico para a história do cinema nacional.

Secretário, o senhor vê sentido em oferecer polpudos prêmios em dinheiro, prática adotada nos anos Collor, quando a produção caiu a cinco/seis títulos por ano, se hoje nossa produção anual varia de 120 a 150 longas-metragens?

Reis: Estamos revendo a política de premiação do festival, levando muito em consideração os diálogos com o setor do audiovisual de Brasília e também a nova realidade da produção cinematográfica. Está prevista a continuidade deste modelo de premiação em dinheiro. Serão R$ 340 mil ao todo, distribuídos para os vencedores do Troféu Candango. No entanto, Brasília ainda carrega um espírito de vanguarda. O festival surgiu em um momento de ebulição política, foi testemunha do nascimento de um novo pensamento sobre o cinema. E nessas 50 edições presenciamos muitos debates. Entre essas questões, não podemos ignorar o ato simbólico do nosso Adirley Queirós, quando ganhou o prêmio de melhor filme em 2014 e o dividiu com os demais realizadores que competiam na mostra principal. Estamos estudando, portanto, a possibilidade de reverter esses R$ 340 mil em prêmios em cachê de seleção. Isso ainda não foi definido, mas será feito com ampla discussão com a classe artística.

 

+ FILMES MAIS DISPUTADOS

A Revista de CINEMA levantou títulos 100% inéditos em território brasileiro, que podem figurar na programação dos principais festivais brasileiros, ao longo do ano. Alguns foram exibidos em festivais como Sundance, Berlim e Roterdã.

Depois da edição da Mostra de Tiradentes, evento que abre o calendário brasileiro, sempre em janeiro, virá o respeitado É Tudo Verdade (Festival Internacional de Documentários de São Paulo), cuja mostra competitiva brasileira só aceita filmes inéditos. Com curadoria de Amir Labaki, o festival acontecerá no final de abril (20 a 30) e será aberto, em caráter hors concours, pelo longa documental “No Intenso Agora”, de João Moreira Salles.

Dois dias depois (2 a 8 de maio), será a vez do Cine PE, em Recife. Em junho (2 a 10), o Festival Guarnicê de São Luiz do Maranhão, organizado pela Universidade Federal, fará sua edição de número 40. Com o fim da Jornada de Cinema da Bahia, a jornada maranhense tornou-se a quarta mostra competitiva mais longeva do país (mas nunca aposta em filmes inéditos, nem em cobertura de imprensa nacional, como os três mais antigos festivais do país, Brasília, Gramado e Mostra SP). Ainda em junho, acontecem os festivais Olhar de Cinema (Curitiba, 7 a 15) e o FAM (Festival de Cinema do MercoSul), em Florianópolis, capital catarinense (de 20 a 25 de junho).

Em julho, com data já certa (26 a 2 de agosto), acontecerá a décima-segunda edição do Festival Latino-Americano de São Paulo, que nasceu no Memorial da América Latina e espalhou-se por diversas salas paulistanas, incluindo o CineSesc.

Se Paulínia retomar seu festival, ele acontecerá em julho, mês de todas suas edições anteriores? Francisco César Filho, da equipe do Festival Latino-Americano, torce para que não haja coincidência de datas, pois assim o público cinéfilo poderá comparecer aos dois eventos paulistas.

Se o festival do município que tem Rubens Ewald como secretário de Cultura voltar, ele será o primeiro a mostrar alguns dos pesos pesados do cinema brasileiro Safra 2017. Caso de “O Filme da minha Vida”, de Selton Mello (embora a data de lançamento do terceiro longa do ator esteja previsto, segundo o Boletim Filme B, para abril), “Malasartes e o Duelo com a Morte”, de Paulo Morelli (previsto para 10 de agosto, o que significa que julho, em Paulínia, seria espaço ideal para uma sessão de gala), e “Bingo, o Rei das Manhãs”, de Daniel Rezende (estreia prevista para 24 agosto, o que pode indicar que sua plataforma de lançamento será Gramado).

De garantido, na Serra Gaúcha, já dá para antecipar “Teu Mundo Não Cabe nos meus Olhos”, de Paulo Nascimento. O cineasta, gaúcho com todo orgulho, sempre lançou seus filmes em Gramado. E, este ano, ele chega com elenco liderado pela musa argentina de Luis Fernando Veríssimo, a cantora e atriz Soledad Villamil (do oscarizado “O Segredo dos seus Olhos”) e por Edson Celulari.

Brasília (em setembro) e Rio (em outubro) vão disputar os títulos mais fortes do cinema autoral. O festival candango, se continuar na rota de suas últimas edições, ficará com os filmes mais arriscados, aqueles aparentados com a Safra Tiradentes. Já o festival carioca, o único entre os brasileiros que conta com o Juri Fipresci (Federação Internacional de Críticos de Cinema) tem investido no pluralismo, com filmes que apostam no diálogo com o público, sem esquecer os, digamos, projetos de “pesquisa de linguagem”. Dá para apostar que Brasília, que consagrou “Eu me Lembro”, receberá, este ano, “Abaixo a Gravidade”, do baiano Edgard Navarro. Ou será que ele vai preferir Gramado, que premiou o seminal “Superoutro”, ficção em 16 milímetros, da qual sai (da boca de Bertrand Duarte, o Superoutro) a frase “abaixo a gravidade”? Ou o inquieto Navarro, aos 67 anos, vai preferir arriscar-se no Festival do Rio?

Na competição carioca, dá para prever a presença de “Juízo Final” (ou só “Juízo”), novo filme de Andrucha Waddington, com roteiro da atriz e ficcionista Fernanda Torres. Com elenco em que destacam-se os veteranos Fernanda Montenegro e Lima Duarte, o filme dialoga com o gênero terror. Ano passado, Andrucha participou do Festival do Rio com o urgente “Sob Pressão”.

A Mostra Internacional de Cinema de São Paulo não conta com competição brasileira, mas, a cada ano, vem se tornando vitrine privilegiada do cinema nacional. Ano passado, em parceria com a Spcine, premiou “Era o Hotel Cambridge”, de Eliane Caffé (melhor longa ficcional) e “Martírio”, de Vincent Carelli (melhor documentário). E motivou a Crítica Cinematográfica a escolher, além do melhor filme estrangeiro, o melhor filme brasileiro (e o vencedor foi “Pitanga”, de Beto Brant e Camila Pitanga). A tradicional mostra paulistana, que este ano fará sua quadragésima-primeira edição, vem dando destaque também ao cinema ibero-americano.

Da safra de filmes brasileiros exibidos em Berlim, dois filmes já passaram por festivais brasileiros: “Rifle”, de Davi Pretto, e “A Mulher do Pai”, de Cristiana Oliveira. Os outros devem se espalhar pelos quatro grandes (se Paulínia retornar). “Joaquim”, de Marcelo Gomes, o único que disputou o Urso de Ouro, não fará circuito de festivais brasileiros, pois será lançado dia 20 de abril, véspera do Dia de Tiradentes, o alferes Joaquim que lhe dá nome.

“No Intenso Agora”, de João Moreira Salles, deve restringir-se à abertura do É Tudo Verdade, pois o cineasta não gosta de competições. Assim sendo, restam “Vazante”, de Daniela Thomas, “Pendular”, Júlia Murat (Prêmio Fipresci na Mostra Panorama, em Berlim), “As Duas Irenes”, de Fábio Meira, “Não Devore meu Coração!”, de Felipe Bragança, e “Como nossos Pais”, de Laís Bodanzky.

Nos bastidores, comenta-se que Selton Mello anda desinteressado de competições festivaleiras. Por isto, seu “O Filme da minha Vida” poderá ir direto para o circuito comercial. Ou, quem sabe – se os curadores forem aliciantes – para a abertura, em caráter hors concours, do Festival de Gramado. Quem sabe com o chileno Antonio Skarmeta agraciado com o Kikito de Cristal, destinado a personalidades do cinema de Nuestra América? Afinal, o escritor que está na origem de “O Carteiro e o Poeta”, é também a matriz do filme de Selton, que tem o astro francês Vincent Cassel no elenco.

Ou será que “O Grande Circo Místico”, de Carlos Diegues, cujo lançamento está previsto para 7 de setembro, será o filme de abertura do festival gaúcho? (O cineasta alagoano-carioca já não participa de competições em solo brasileiro).

Ano passado, tal honraria – a festa de abertura gramadiana – coube a “Aquarius”, de Kleber Mendonça, e Sônia Braga deu um show no tapete vermelho e no palco do Cine Embaixador, a todos encantando. A sorte está lançada.

 

Longas-metragens que deverão ocupar as curadorias dos festivais de 2017:

Abaixo a Gravidade, Edgard Navarro (BA)

O Olho e a Faca, Paulo Sacramento (SP)

Bingo, o Rei das Manhãs, Daniel Rezende (SP)

O Filme da minha Vida, Selton Mello (RJ)

Teu Mundo Não Cabe nos meus Olhos, Paulo Nascimento (RS)

Malasartes e o Duelo com a Morte, Paulo Moreli (SP)

As Quatro Irmãs, Evaldo Mocarzel (SP)

Sambalanço, a Bossa que Dança, Fabiano Maciel

A Fera na Selva, Paulo Betti (RJ)

Pela Janela, Caroline Leone (SP)

Corpo Elétrico, Marcelo Caetano (SP)

O Animal Cordial, Gabriela Amaral Almeida (SP)

Música para Quando as Luzes se Apagam, de Ismael Caneppele

Aos Olhos de Ernesto, Ana Luiza Azevedo (RS)

Pluft, o Fantasminha, Rosane Svartman (RJ)

Terapia do Medo, Roberto Moreira (SP)

Severina, Felipe Hirsh (PR)

Juízo Final, Andrucha Waddington (RJ)

João, Mauro Lima (SP)

As Boas Maneiras, Juliana Rojas e Marco Dutra (SP)

A Cidade dos Piratas, Otto Guerra (RS)

SAFRA BERLIM:

Joaquim, Marcelo Gomes (PE)

No Intenso Agora, João Salles (RJ)

Vazante, Daniela Thomas (RJ)

Pendular, Júlia Murat (RJ)

Como nossos Pais, Laís Bodanzky (SP)

As Duas Irenes, Fábio Meira (RJ)

Não Devore meu Coração!, Felipe Bragança (RJ)

HORS CONCOURS:

O Filme da minha Vida, Selton Mello (*)

O Grande Circo Místico, Carlos Diegues (*)

 

CALENDÁRIO DE ALGUNS FESTIVAIS

ABRIL:

É Tudo Verdade: 20 a 30

MAIO:

CINE PE: 2 a 8

JUNHO:

Festival Olhar de Cinema (Curitiba): 7 a 15

Festival Guarnicê de São Luís do Maranhão: de 2 a 10

FAM (Floripa-SC): 20 a 25

JULHO:

Festival Latino-Americano de SP: 26/07 a 02/08

Festival de Paulínia: a confirmar

CineOP (Ouro Preto): a definir

AGOSTO:

Cine Ceará (Fortaleza): 5 a 11

Festival de Gramado: 18 a 26

Festival Internacional de Curtas de SP: 23/08 a 03/09

SETEMBRO:

Fest Brasília: 15 a 24

Curta-SE (Aracaju): 20 a 24

OUTUBRO:

Festival Internacional do Rio: 5 a 15

Mostra Internacional de São Paulo: 19 a 31

NOVEMBRO:

Mostra de São Miguel do Gostoso (RN): a definir

Festival Aruanda (João Pessoa): 30 de novembro a 6 de dezembro

Cinefoot: 23 a 28

 

Por Maria do Rosário Caetano

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado.