Spcine lança plataforma de VoD com 10 filmes

A plataforma de vídeo sob demanda da Spcine estará disponível a partir desta quinta-feira, dia 23 de novembro, às 10h, em uma versão beta de seis meses. Após dois anos de formação do consórcio executivo, estudos de viabilidade, seleção dos primeiros títulos e alguns adiamentos por conta dos testes operacionais, a Spcine Play está chegando ao mercado com filmes de catálogo, já exibidos nas salas de cinema e em outras telas digitais. Nesta primeira etapa, o modelo será o de aluguel, conhecido como transactional ou TVoD, ao preço de R$ 3,90 por filme.

A lista inicial inclui “Mãe Só Há Uma” (2016), de Anna Muylaert; “O Menino e o Mundo” (2013), de Alê Abreu; “De Menor” (2014), de Caru Alves de Souza; “Ausência” (2015), de Chico Teixeixa; “Califórnia” (2015), de Marina Person; “Paratodos” (2016), de Marcelo Mesquita”; “Uma Noite em Sampa” (2016), de Ugo Giorgetti”; “A Batalha do Passinho” (2013), de Emilio Domingos; “Lira Paulistana e a Vanguarda Paulista” (2013), de Riba de Castro; e “As Fábulas Negras” (2014), de Rodrigo Aragão, José Mojica Marins, Petter Baiestorf e Joel Caetano.

O consórcio da Spcine Play é capitaneado pela Spcine, com expertise e operação da O2 Play – braço de distribuição da O2 Filmes – e da Hacklab, empresa de tecnologia responsável pelo desenvolvimento técnico.

Para o secretário municipal de Cultura, André Sturm, o papel principal da Spcine é o de ser uma catalisadora nessa parceria público-privada. Durante a coletiva de imprensa de lançamento, ocorrida nesta terça-feira (21/11), ele também destacou que a plataforma permite “um acesso infinito aos filmes”, e que ela acaba sendo uma nova janela neste mercado em que a concorrência nas salas de cinema é “inevitável”. Futuramente, segundo ele, a ideia é pensar em lançamentos simultâneos em cidades onde não existem cinemas.

O diretor-presidente da Spcine, Mauricio Andrade Ramos, ressaltou que a visibilidade dos filmes paulistanos, paulistas e brasileiros é a principal meta. Nesse sentido, Renato Nery, diretor executivo da empresa, elencou alguns dos objetivos norteadores, como garantia de acesso do público aos filmes brasileiros, conteúdo diversificado, experiência amigável com uma plataforma de VoD, e a geração de uma rede colaborativa por meio do compartilhamento.

A equipe também promete que o desempenho dos filmes na Spcine Play será monitorado e aberto ao público, cujos dados deverão apontar para os números de visionamento por cidade. Com isso, a proposta é criar indicadores sobre a demanda, especialmente.

O preço do catálogo foi fixado em R$ 3,90, mas os lançamentos poderão ser assistidos por R$ 6,90, e haverá promoções de R$ 1,90 por filme. O modelo de assinatura ainda não foi descartado para as etapas posteriores, e essa faixa de preço, menor do que a das empresas concorrentes, é o diferencial que eles pretendem oferecer aos usuários, já que não será exigida exclusividade por parte dos produtores. Ou seja, os filmes que estarão na plataforma paulistana poderão ser encontrados em outras janelas de TVoD ou SVoD. A aposta, porém, é que eles fiquem mais visíveis e acessíveis na Spcine Play, e atraiam o público mais cinéfilo, aberto às obras que passaram por festivais.

Por essa ótica, Marcelo Mesquita – diretor do filme “Paratodos” e que também estava presente na coletiva –, disse que, como produtor, o mais importante é ter essa “casa” digital para o cinema brasileiro e que os longas-metragens possam ser vistos em um período maior de tempo, dando chance para uma divulgação mais ampla e direcionada ao público-alvo.

Igor Kupstas, diretor da O2 Play, completou que o visionamento dos usuários será de sete dias (prazo maior do que aquele oferecido por empresas concorrentes) e que o licenciamento inicial dos filmes é de dois anos. Nesse começo, a Spcine Play poderá ser acessada via web, pelos navegadores Google Chrome e Mozilla Firefox, ou pelos dispositivos móveis, mas ainda sem um aplicativo específico.

 

Por Belisa Figueiró

2 thoughts on “Spcine lança plataforma de VoD com 10 filmes

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  • 29 de novembro de 2017 em 17:21
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    Legal! Demorou.
    Sendo assim paro até de baixar filmes brasileiros da internet para assistir em casa já que onde moro nunca chegam filmes nacionais variados.
    Ufaaaa! Vai acabar “meu trabalho” de ficar atualizado em relação ao cinema brasileiro, rs…

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