Cinema erótico

O cinema, quando analisado sob a ótica de outra arte ou ciência, demonstra o quanto tem um papel importante como representação de uma sociedade e seus indivíduos. Inclusive, as nuances daquilo que não é explicável de outra forma, como o tratamento dado ao sexo em diferentes tipos de filmes, no livro “Cinema Explícito – Representações Cinematográfica do Sexo” (Perspectiva/Senac), do sociólogo Rodrigo Gerace.

Buscando as representações objetivas e subjetivas do sexo nos filmes do cinema mudo aos dias atuais, Gerace faz um levantamento completo de como o sexo foi tratado em filmes que vai desde as pornografias alternativas ao mainstream à estilização do sexo no cinema de autor. Abrange um imenso painel de filmes que vai de “O Beijo”, de 1896, às vanguardas artísticas dos anos 70, analisando obras como “Um Cão Andaluz” (1929), de Luís Buñuel, “Garganta Profunda” (1972) e “Emmanuelle” (1974), e filmes mais recentes, como os polêmicos “Ninfomaníaca” (2013), de Lars von Trier, e “Love” (2015), de Gaspar Noé.

O autor analisa as polêmicas e oscilações entre o que é erótico e pornográfico, investigando o sentido das obras do ponto de vista da sexualidade (machismo, feminismo, homossexualidade) e do ponto de vista artístico e moral, para além do contexto apresentado nos filmes.

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